Joy: O Nome do Sucesso tem uma premissa certeira e facilmente apreciável, a do oprimido que se revela contra seus opressores numa jornada de superação, mas o que seria o coração dessa história se perde em meio às intervenções estilísticas e narrativas de Russell e suas investidas em diálogos e situações frívolas e irrelevantes – como as interações entre irmã, ex-marido e pai de Joy, ou as resoluções amorosas de seus pais, que nada acrescentam ao todo. O resultado é um filme cansado e cansativo, aparentemente com muito a dizer, mas sem saber como. Ainda assim, acumulando deméritos, tem conquistado copiosos defensores e indicações em prêmios como o Oscar para Jennifer Lawrence, que parece justificado apenas para garantir a participação da moça na cerimônia e aumentar a audiência da mesma – provável motivo que continua levando David O. Russell a escalá-la como sua protagonista.