De acordo com os pesquisadores, uma dose de café expresso pode inibir um processo acreditado estar envolvido no início da demência. Embora os mecanismos exatos desencadeadores do Alzheimer ainda não estejam claros, especialistas acreditam que uma proteína chamada tau desempenha um papel fundamental. Essa proteína pode estabilizar estruturas no cérebro de pessoas saudáveis, mas também pode formar agrupamentos em estruturas semelhantes a fios, chamadas fibrilas, o que causa problemas.
Acredita-se que impedir a formação dessas fibrilas possa aliviar os sintomas da doença de Alzheimer ou até mesmo prevenir seu desenvolvimento. Estudos anteriores já mostraram que o consumo moderado e, às vezes, até alto de café pode exercer um efeito neuroprotetor contra duas das doenças neurodegenerativas mais comuns: Parkinson e Alzheimer.
Para testar essa teoria, a equipe de pesquisa realizou testes com doses de café expresso em uma forma abreviada da proteína tau em um laboratório. Os testes tiveram duração de até 40 horas. Os pesquisadores observaram que as fibrilas de tau se tornaram mais curtas e não formaram emaranhados maiores quando a concentração do extrato de café expresso aumentou. Essas fibrilas encurtadas não foram tóxicas para as células humanas.
A equipe explicou que muitos dos ingredientes do café, como a cafeína e a genisteína, podem atravessar a barreira sangue-cérebro para produzir efeitos protetores. Apesar de a equipe acreditar que suas descobertas possam abrir caminho para encontrar ou projetar tratamentos para a doença, eles enfatizam que mais pesquisas são necessárias para compreender completamente o potencial do café na prevenção do Alzheimer.