No último domingo, 23, a Volkswagen anunciou que voltou atrás em sua decisão de suspender os contratos de trabalho de 800 funcionários em sua fábrica em Taubaté (SP). Essa revogação ocorreu devido ao desempenho positivo do modelo Polo. Anteriormente, o comunicado sobre o layoff havia sido feito em 14 de julho ao Sindicato dos Metalúrgicos, apenas uma semana após o término do programa federal de subsídios a carros.
A montadora explicou que decidiu ajustar as medidas de flexibilidade para a fábrica de Taubaté, cancelando o layoff programado para começar em 1º de agosto, que teria duração de dois meses para um turno de produção. Em vez disso, optaram por aplicar férias coletivas de 10 dias para ambos os turnos da unidade, com início em 31 de julho.
Na fábrica de São José dos Pinhais (PR), a Volkswagen continuará com a suspensão temporária de contratos para um turno, medida que foi iniciada em 5 de junho. Enquanto isso, as plantas de São Bernardo do Campo (SP) e São Carlos (SP) permanecerão em operação normal.
Essas medidas de flexibilização estão previstas em um acordo coletivo firmado entre a montadora e os sindicatos que representam os trabalhadores nas fábricas da Volkswagen no Brasil.
No caso específico de Taubaté, o acordo permite a possibilidade de layoffs de dois a cinco meses, desde que seja mantida a estabilidade dos funcionários da fábrica até 2025. Esse acordo foi assinado em 2020, durante a pandemia, e renovado no ano passado.
Uma suspensão anterior, anunciada pela marca em junho, foi revogada durante o lançamento do programa de descontos para carros pelo governo Lula, que durou cerca de um mês e resultou em 125 mil veículos vendidos.
Esse programa de subsídios foi lançado em junho e previa descontos significativos para carros, caminhões, vans e ônibus, totalizando R$ 500 milhões, R$ 700 milhões e R$ 300 milhões, respectivamente. Além disso, houve a liberação adicional de R$ 300 milhões para carros leves. Os valores de desconto foram convertidos em créditos tributários para as montadoras, o que representou uma renúncia fiscal por parte do governo.